Condenado por transporte para fins de prostituição, Diddy recebe apoio de ex em pedido de fiança
Virginia 'Gina' Huynh, escreveu uma carta em apoio ao pedido de liberdade mediante pagamento de fiança do rapper

A ex-namorada de Sean "Diddy" Combs, Virginia "Gina" Huynh, escreveu uma carta em apoio ao pedido de liberdade mediante pagamento de fiança do rapper e empresário, que está preso desde o ano passado nos Estados Unidos. Aos 55 anos, o magnata da indústria musical aguarda uma audiência, marcada para o dia 3 de outubro, quando saberá sua sentença após ter sido condenado por transporte para fins de prostituição - crime previsto na legislação federal norte-americana.
O pedido foi apresentado pelos advogados de "Diddy" à Justiça de Nova York. No sistema judicial americano, a fiança é um valor estabelecido pelo tribunal para permitir que o réu responda ao processo em liberdade, sob determinadas condições e supervisão. A figura se assemelha à fiança do direito brasileiro, porém, nos EUA, o instituto pode ser aplicado mesmo após a condenação e geralmente envolve valores muito superiores.
Virginia, que se identificou como "vítima número três" mencionada durante o julgamento, enviou o documento ao juiz Arun Subramanian afirmando que o artista "não representa perigo".
"Estou escrevendo porque não considero o senhor Combs um perigo para mim ou para a comunidade. Este é seu primeiro processo criminal. Ao longo da investigação e do julgamento, ele foi cooperativo, respeitoso e cumpriu todas as determinações. Ele tem laços profundos com a família e a comunidade, incluindo filhos que dependem dele emocional e financeiramente. Conceder-lhe liberdade sob fiança possibilitaria que ele continuasse cuidando da família e cumprindo suas responsabilidades, ainda sob supervisão do Tribunal", declarou.
Na carta, a ex-parceira de "Diddy" também comentou sobre a relação com o artista.
"Como muitos relacionamentos, o nosso não foi perfeito. Tivemos altos e baixos, e erros foram cometidos, mas ele estava disposto a reconhecê-los e tomar melhores decisões no futuro. Ao longo dos anos seguintes, fez esforços notáveis para se tornar uma pessoa melhor e reparar os danos que causou. Quando nosso relacionamento terminou, ele transmitia uma energia de amor, paciência e gentileza, muito diferente de seu comportamento no passado. Pelo que sei, ele não tem sido violento há muitos anos e tem se dedicado a ser, antes de tudo, pai."
A defesa do astro pede que ele seja liberado mediante pagamento de fiança de US$ 50 milhões [cerca de R$ 277 milhões] até a audiência de outubro.
O músico foi condenado por transportar pessoas pelo país para encontros sexuais, conduta criminalizada nos Estados Unidos pela Lei Mann, de 1919. Entretanto, "Diddy" foi absolvido das acusações mais graves que enfrentava: tráfico sexual e extorsão.