Alanis Morissette desabafa sobre luta contra pensamentos suicidas: 'Ainda sofro com isso'
Cantora canadense revelou que só está viva hoje devido à terapia

A cantora Alanis Morissette, 51, revelou que só está viva hoje devido à terapia. A estrela canadense explicou que lidou com pensamentos suicidas por anos e que o tratamento psicológico foi decisivo para atravessar esse período.
Quando questionada se ainda enfrenta ideação suicida, ela respondeu: "O tempo todo. Ainda sofro com isso. Tenho uma tendência ansiosa e depressiva. Pessoas que são sensíveis são muito mais suscetíveis às informações do ambiente", disse ela em entrevista ao jornal The Guardian.
"Se você coloca uma pessoa altamente sensível em um ambiente onde ela é humilhada ou diminuída, ela basicamente vai querer morrer. É a pior coisa. Mas se você coloca essa mesma pessoa em um meio onde ela é apoiada, valorizada e ouvida, ela floresce", acrescentou.
Alanis, que é mãe de três filhos com o rapper Souleye, relatou que a terapia de casal a ajuda a manter o relacionamento saudável. "Sou uma grande defensora da terapia de casal. Sempre fui."
Entretanto, a artista esclareceu que só se submete a sessões com profissionais que tenham formação específica: "Não consigo ser apoiada por alguém que não veja as coisas pelas perspectivas do trauma e do vício."
A cantora, que estourou nos anos 1990 com o álbum "Jagged Little Pill", admitiu já ter enfrentado diferentes tipos de vício ao longo dos anos e, como mecanismo de defesa, adotou a abordagem "Whac-a-Mole", uma referência ao jogo em que é preciso bater com um martelo em alvos que aparecem de forma aleatória.
"Eu chamo o vício de ‘medidas para buscar alívio que acabam te matando com o tempo’ (...) Pra mim, é qualquer vício que está te levando à morte rapidamente. Qual é? Qual está destruindo seus relacionamentos? E aí tem a abordagem tipo: ‘Whac-a-Mole’, que é: ‘OK, parei de não comer. Agora estou trabalhando feito louca. Ah, é, e tomei mais comprimidos do que deveria'. O Whac-a-Mole é o que temos que manter sob vigilância."
A estrela disse acreditar que o vício mais traiçoeiro é o trabalho, por ser socialmente aceito e até incentivado.
"Se eu dissesse que usei heroína até às quatro da manhã, diriam que preciso de ajuda. Mas se disser que virei a noite num projeto e entreguei às 4h15, me aplaudem. É igualmente corrosivo. Porque qualquer vício, se não for tratado, mata. Ele é ótimo por 20 minutos… depois te destrói."