Gloria Gaynor, cantora de 'I Will Survive', diz que não é feminista
Artista explicou que a ideia de que abraça o movimento social é uma das interpretações mais equivocadas sobre sua imagem pública

A cantora pop Gloria Gaynor, 81, afirmou que não se considera feminista, apesar de ser reconhecida por seu hino de empoderamento "I Will Survive", de 1978.
A artista explicou que a ideia de que abraça o movimento social é uma das interpretações mais equivocadas sobre sua imagem pública.
"A maior ideia errada sobre mim? Pode ser arriscado dizer isso, mas… que eu sou feminista. As pessoas dizem para mim: 'E já que você é feminista...' Hã... na verdade, não. Amo os homens. Cresci com cinco irmãos e amo os homens", começou a estrela da música em entrevista à coluna 60 Seconds, do jornal britânico Metro.
A fala da estrela expõe uma concepção comum do feminismo, erroneamente associado ao "ódio aos homens" ou a um antagonismo entre os gêneros. Na prática, o movimento busca igualdade entre mulheres e homens, combatendo discriminações e violências históricas.
"Amo homens que sabem quem são e são fortes o suficiente para ocupar seu lugar, mas também fortes o bastante para reconhecer a força da mulher e permitir que ela exerça essa força, entendendo que as mulheres devem ser parceiras e não oponentes", acrescentou ela.
Na conversa, a artista falou sobre o documentário "Gloria Gaynor: I Will Survive", de 2003, o qual ela diz ser uma maneira mais autêntica de se mostrar ao público.
"É meio que um desdobramento da música 'I Will Survive', porque, sabe, você pode preparar um jantar para as pessoas e servir pratos maravilhosos, mas fico pensando quantas delas se perguntam: 'Você comprou isso no supermercado? Veio de um restaurante? Ou você fez isso com as próprias mãos?' E quando você pode mostrar os ingredientes que usou para fazer aquilo que serviu, então elas podem apreciar melhor, vivenciar mais plenamente e fazer daquilo algo delas também; e foi isso que eu fiz."
Gloria acredita que os fãs projetam nos ídolos o que desejam ver, sem saber a realidade por trás da figura pública.
"Acho que, quando as pessoas veem um artista, elas criam na cabeça delas certas coisas com base no que viram no palco, mas, na verdade, estão apenas acrescentando elementos às suas próprias vidas, porque é isso que elas têm como referência. Até que surge algo como um documentário que mostra quais são os verdadeiros ingredientes."