George Clooney rebate críticas sobre sempre interpretar a si mesmo: ​'Não dou a mínima​'

Ator foi questionado sobre interpretações que seriam ''apenas variações de sua própria personalidade''

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George Clooney
George Clooney

O ator George Clooney, 64, afirmou que não se importa com as críticas quanto à sua versatilidade na profissão. Questionado sobre interpretações que seriam "apenas variações de sua própria personalidade", o astro de "Onze Homens e um Segredo" (2001) falou sobre a diversidade dos projetos que recebe.

“Dizem que eu só interpreto a mim mesmo? Eu não dou a mínima. Não há muitos caras da minha faixa etária que possam fazer tanto comédias como 'E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?' quanto filmes como 'Conduta de Risco' ou 'Syriana'. Então, se isso significa que estou sempre interpretando a mim mesmo, não dou a mínima. Você já tentou interpretar a si mesmo? É mais difícil do que parece", disse o artista à revista Vanity Fair.

O galã admitiu que já deixou os papéis de ação no passado, brincando que hoje é apenas “engraçado” vê-lo correndo atrás de um vilão. A mudança aparece em seu mais recente trabalho, “Jay Kelly”, no qual interpreta um astro de cinema mundialmente famoso que enfrenta um acerto de contas pessoal.

“Quando você é um ator na minha posição, na minha idade, encontrar papéis assim não é tão comum. Se você não consegue estar em paz com o envelhecimento, tem que sair da indústria e simplesmente desaparecer. Hoje sou o cara que, quando corre atrás de um bandido, é engraçado, não é suspense. E está tudo bem. Eu abraço tudo isso.”

Apesar de ter aceitado o papel rapidamente, o veterano relatou que fez um pedido ao diretor Noah Baumbach, conhecido por exigir múltiplas tomadas de cada cena. “Eu literalmente disse para ele: ‘Noah, olha, eu amo o roteiro, amo você como diretor, mas tenho mais de 60 anos, cara. Não consigo fazer 50 tomadas. Não tenho esse dom. Meu talento como ator vai de A a B'."

O ícone diz ser grato por ter alcançado a fama mais tarde. "Tive a sorte de não ter tido uma carreira imensamente bem-sucedida em várias frentes logo no início. Não fiquei realmente famoso, aquele tipo de sucesso que pode chegar, até os 33 anos. Já trabalhava havia 12 anos. Eu tinha uma noção real de como tudo isso é passageiro e de como, honestamente, tem muito pouco a ver com você.”