Jeremy Renner diz que sentiu como se estivesse 'em chamas, eletrocutado e derretendo' após acidente

Ator foi esmagado por um limpa-neve enquanto tentava salvar sobrinho de um atropelamento em 2023

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Jeremy Renner
Jeremy Renner

O ator Jeremy Renner, 54, relembrou os minutos que se seguiram ao acidente grave que sofreu em janeiro de 2023, quando foi esmagado por um limpa-neve enquanto tentava salvar seu sobrinho de um atropelamento. Na ocasião, o astro quebrou 38 ossos, sofreu um colapso pulmonar e teve uma laceração hepática.

Em entrevista ao programa britânico The One Show, o ator de "Vingadores" descreveu os momentos de desespero logo após ser atingido pelo veículo. "Qual é a alternativa nesta situação, quando suas terminações nervosas estão em chamas, eletrocutadas, derretendo e se afogando, tudo ao mesmo tempo?", começou ele.

Jeremy afirmou que focar na respiração foi essencial para suportar a dor e não perder a consciência. "A única coisa que eu não estava fazendo era respirar. Dor é só dor, essencialmente. Eu precisava respirar, senão desmaiaria, meus órgãos falhariam e eu morreria", disse.

O artista explicou que seu livro sobre o acidente, "My Next Breath" ("Meu Próximo Suspiro", em tradução livre) foi inspirado no momento delicado. "É por isso que o livro se chama 'My Next Breath'. É a luta para expirar e depois inspirar, sem saber que a caixa torácica estava colapsada e o pulmão perfurado. Meu globo ocular saiu do lugar. Quando você consegue ver seu olho com o outro olho, é tipo: 'Nossa'".

O ator, que é o mais velho de sete irmãos, revelou ter aprendido sobre o poder da respiração quando acompanhou a mãe em aulas de pré-natal durante a infância. "Não é todo menino de 12 anos que tem essa oportunidade, mas, ironicamente, foi provavelmente o que me deu a confiança para entender o poder de mitigar a dor com a respiração. E acreditar nisso, saber disso, ver isso com minha mãe durante o trabalho de parto. Dando gelo para ela respirar direito e todas essas coisas."

Jeremy disse que controlar a respiração foi também uma forma de desviar o foco das lesões quase fatais. "Foi basicamente isso que eu tive que fazer. Eu precisava respirar para me manter vivo, mas também ajudava a aliviar a dor. Gastava tanta energia focando na respiração que não precisava me preocupar com o olho, com as pernas torcidas ou com os ossos quebrados. Nem sentia isso; só precisava respirar. Se você não consegue respirar, está se afogando, correto? E não leva muito tempo para se afogar. Quando você está nessa por 45 minutos, o que importa é sua próxima respiração", finalizou.